A sessão de encerramento da iniciativa “Direitos das mulheres rurais e agroecologia” vai ter lugar no dia 28 de julho de 2020, às 14h30 (hora de São Tomé e Príncipe) no Centro de Recursos da ADAPPA, em Mesquita, na cidade de São Tomé e via online através da plataforma zoom.
Esta iniciativa decorre no âmbito do projeto PAS – Políticas Agroalimentares Sustentáveis, implementado em São Tomé e Príncipe pelo IMVF, pela ACTUAR – Associação para a Cooperação e o Desenvolvimento e pela ADAPPA – Associação para o Desenvolvimento Agropecuário e Proteção do Ambiente e financiado pela União Europeia e pelo Camões, I.P.
O PAS – Políticas Agroalimentares Sustentáveis tem vindo a realizar, entre junho e julho de 2020, um conjunto de ações de formações com o objetivo de promover e consolidar espaços de intercâmbios de boas práticas e de construção de capacidades e empoderamento sobre os direitos das mulheres rurais e a valorização do seu protagonismo enquanto agentes de desenvolvimento socioeconómico, particularmente na área alimentar.
Neste sentido, no dia 28 de julho terá lugar a sessão de encerramento “Mulheres, guardiãs dos sistemas alimentares sustentáveis: parcerias estratégicas para o empoderamento feminino”, que pretende sistematizar os principais resultados destas sessões, visando o reforço de capacidades técnicas e organizativas das lideranças rurais femininas, no que respeita aos direitos das mulheres rurais, ao trabalho em rede, à agroecologia e ao uso das cadernetas agroecológicas.
Este tema assume particular importância num momento em que São Tomé e Príncipe enfrenta a pandemia COVID-19 e em que as principais respostas imediatas de pessoas, comunidades e grupos constituintes deverão ser enquadradas em dois pilares centrais: ações de solidariedade e ações de resiliência. Tais ações deverão responder ao imprescindível fortalecimento de sistemas alimentares locais, os mais resilientes em tempos de crise, conforme se tem comprovado na resposta à COVID-19.
A sessão terá início com as boas-vindas, a apresentação dos convidados e do programa por parte de Joana Dias da ACTUAR, que contextualizará a ação e apresentará as conclusões resumidas das 4 sessões anteriores. De seguida, Maria de Fátima (Associação das Mulheres Agricultoras Unidas – AMAGRU, Rede das Margaridas da CPLP e participante na ação de construção de capacidades e intercâmbio internacional) fará uma reflexão sobre a importância desta iniciativa. Posteriormente, Emma Siliprandi (Unidade de Agroecologia da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) fará uma apresentação sobre a interconexão profunda entre promoção de agroecologia e direitos das mulheres. Os participantes serão convidados a refletirem sobre a centralidade que, desde as respetivas organizações, têm conferido a este tema enquanto base imprescindível no fortalecimento de sistemas alimentares locais e resilientes, em momentos de crise pandémica, económica e/ou alimentar.
Esta iniciativa contará com a participação de Albert Losseau, representante da União Europeia em São Tomé e Príncipe, de Ernestina Menezes Neves, diretora executiva do Instituto de Género de São Tomé e Príncipe, de Carminda Viegas, coordenadora do Programa COMPRAN-STP, de Fabiana Viterbo, do Programa Semear Internacional, de Júlio Worman, do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) Brasil, de Rodolfo Daldegan, do ICCA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), Maria Íris Tavares, Coordenadora do Projeto Paulo Freire, de Marcelin Norvilus, do FIDA Africa e de Flavia Castro, do IFOAM (International (Federação Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica). O encerramento será feito por Carlos Tavares da ADAPPA, João Monteiro do IMVF e Joana Dias da ACTUAR.
O projeto PAS – Políticas Agroalimentares Sustentáveis decorre em São Tomé e Príncipe entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021 e tem como objetivos contribuir para a segurança alimentar e nutricional e para o desenvolvimento sustentável e inclusivo em São Tomé e Príncipe, contribuindo ainda para a realização do Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (DHANA) e reforçar a participação da sociedade civil e as suas capacidades para a discussão e monitorização da implementação de políticas públicas com impacto no acesso e na gestão dos recursos naturais, redução da pobreza e da insegurança alimentar e nutricional.